Como conversar com as crianças sobre Agenesia?

A forma que alcança melhor as crianças é adaptar a fala do médico a uma história conhecida por ela, como super-heróis ou desenhos que refletem o sucesso e o olhar positivo. 🌻 A criança vai reproduzir esse conteúdo com alegria e orgulho, não vai sentir vergonha ou medo de responder às perguntas frequentes porque terá um assunto bacana para compartilhar. 

Frases positivas como você salvou a sua vida, você nasceu lutando para viver, você é como um super-herói, ajudam a criança a olhar para a deficiência como algo de que possa se orgulhar e compartilhar como uma boa história. 💛 Com o tempo, os pequeninos adaptam as suas histórias e constroem a melhor forma para se comunicar com o outro.
 
Com 7 anos a criança já percebe o mundo de outra forma, ela adquire um senso ético e passa a notar a diferença entre o bem e o mal. Nessa idade é importante falar sobre as dificuldades da deficiência, sobre os olhares na rua, as implicâncias na escola, e outros problemas sociais que podem aparecer, mantendo sempre o foco positivo para que a criança se sinta acolhida e forte para enfrentar os desafios.

📌 O período mais conturbado ocorre na fase de transição entre a infância e a vida adulta.  É na adolescência que os jovens encaram a dor da discriminação, a exclusão social e todas as barreiras que podem aparecer nas ruas. É também um período de descoberta dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 

Falar sobre a luta social ajuda a firmar um senso de pertença a um grupo, conviver com outras pessoas com deficiência e apontar possibilidades auxiliam no questionamento e na agressividade por encarar a realidade. É fundamental mostrar modelos com deficiência atuantes na sociedade como atletas, profissionais e artistas para que os jovens possam se espelhar, se ver representados e ter uma motivação para o futuro.

Cada família tem o seu jeito único de falar sobre a deficiência, seja na forma carinhosa ou nas histórias mas é importante não associar a causa da deficiência a fatores espirituais, e sempre focar na orientação dada pelos médicos, afinal cada pessoa tem a sua história. 

A verdade é sempre o melhor caminho, o cuidado com as palavras, a orientação clara e a coragem para falar sobre os momentos difíceis. Todas as histórias giram em torno da pessoa com deficiência então é o direito da criança e do jovem conhecer e se aprofundar em sua história de vida. 

Não evite as perguntas, quanto maior for o número de questionamentos, melhor será a compreensão da criança sobre a sua deficiência. ✅

Essas e outras questões podem ser consultadas no livro "Tudo no Lugar", da Psicóloga parceira da Associação Dar a Mão, Fernanda Tolomei.

Mãe, o que aconteceu comigo? Por que eu nasci assim?
Porque eu sou diferente de todo mundo?
Como eu conto isso para os meus amigos?





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Agenesia de mão: Dara

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Mãos de Dara (Síndrome da Brida Amniótica)

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